Dicas para uma compra segura de carro usado

Dicas para uma compra segura de carro usado

Por mais que alguém tome todos os cuidados, comprar um carro usado sempre envolve riscos. Às vezes é impossível prever que um veículo vai quebrar em breve ou não atenderá suas expectativas no longo prazo. Outra armadilha constante é o crédito. Com a maior flexibilidade dos bancos, muitos compradores se endividam demais, não conseguem pagar as prestações mensais e acabam com o carro retomado pelo banco. Para ajudá-lo a fazer a compra certa e reduzir o risco de surpresas desagradáveis, o Zeni Automovéis buscou informações no portal EXAME:

Teste um carro antes de comprá-lo. Fazer o test drive é melhor do que nada, mas em geral não é suficiente para uma compra segura. Ao rodar por um ou dois quilômetros, provavelmente o interessado em um veículo só terá tempo de notar seus pontos positivos. No banco do passageiro, o vendedor se encarregará de ressaltar as qualidades e esconder os defeitos do automóvel escolhido.
Nós do Zeni automovéis orientamos ao cliente sempre procurar um mecânico de confiança para fazer uma avaliação.

Saiba quais são os carros que ninguém quer. Alguns tipos de veículo são muito difíceis de vender e só devem ser comprados mediante um belo desconto. Os brasileiros preferem automóveis nas cores prata e preto. Carros com cores extravagantes são bastante utilizados por montadoras que lançam um modelo novo, mas costumam encalhar nas lojas. Já veículos brancos ou amarelos sempre despertam a suspeita de que tenham sido usados como táxi no passado.
Outra regra que dita o comportamento do mercado é que quanto mais caro é um carro, mais rápida é sua depreciação. A mesma regra vale para os importados. Veículos fabricados no exterior que vendem pouco no Brasil muitas vezes não possuem uma rede de assistência técnica adequada nem mercado secundário no país. Também existe muito preconceito com carros oriundos de leilão, de locadora ou com um histórico de acidentes graves. Então exija desconto.
Já carros que saíram de linha perdem valor porque a manutenção e a substituição de peças tendem a se tornar cada vez mais difíceis. Como a primeira impressão é a que fica, veículos com defeitos e riscos na pintura acabam sendo mais difíceis de vender. Alterações estruturais como as de carros rebaixados ou turbinados também não são bem-vistas no mercado. Praticamente ninguém vai pagar pelos acessórios instalados no veículo, como som, DVD ou kit GNV.

Tome o crédito certo. Nos últimos anos, os bancos se tornaram muito mais flexíveis na concessão de empréstimos para a compra de veículos. Não é por esse motivo que o consumidor deve se endividar até o pescoço. Os prazos para o pagamento de empréstimos chegam a até 80 meses. No entanto, especialistas recomendam que nenhum bem seja pago durante um prazo maior que o de sua utilização média. O consumidor também deve sempre insistir que a loja lhe forneça o custo total de um empréstimo.
Muitas vezes os juros que parecem baixos se tornam bastante salgados quando são incluídos outros encargos, como taxas de cadastro, seguro, IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), serviço de despachante e registro no Detran. O custo total do empréstimo serve tanto para o comprador do veículo analisar se a prestação realmente caberá no seu bolso quanto para ele comparar a taxa cobrada por uma instituição com a oferecida pelas demais.
Por último, o custo total é importante para mostrar as promessas que muitas montadoras e concessionárias fazem de vender veículos com juro zero nem sempre são verdadeiras. Especialistas também recomendam que os compradores economizem para dar a maior entrada possível no financiamento. Dessa forma, o gasto com juros será menor e ainda será possível ganhar algum dinheiro com a aplicação das economias no banco.
Ao analisar se uma prestação cabe em seu bolso, lembre-se que um carro também tem gastos de manutenção, combustível, IPVA, licenciamento e seguro, entre outros. Rodar com um veículo custa por mês cerca de 3% de seu valor de mercado. Portanto, não é recomendável se endividar sem levar em conta a existência desses gastos.

Descubra se o carro não é roubado. As concessionárias já realizam essa checagem e garantem a procedência dos veículos vendidos aos clientes. Ao comprar um veículo de pessoa física, no entanto, é necessário fazer uma vistoria. Cheque os número do chassi, dos vidros e da placa. Veja se são os mesmos que estão no documento.

Verifique no site do Detran se a placa do carro é verdadeira e se não há pendências – como multas – a serem pagas. Analise também se o documento do veículo não é adulterado. Os verdadeiros possuem um alto-relevo em toda a sua volta. É importantíssimo que a vistoria seja feita com o documento original.

Cheque se o veículo não foi danificado em uma colisão grave. Acidentes costumam causar avarias capazes de desvalorizar – e muito – o preço justo de um veículo. Mas também costumam deixar cicatrizes que alertam o comprador de que ele poderá ter problemas futuros. Para identificar a ocorrência de acidentes, faça uma vistoria na pintura com o carro seco e limpo.

Ao observá-lo em algum lugar bem claro, de preferência durante do dia, será possível enxergar pequenas diferenças na pintura que denunciam acidentes no passado. Verifique se há simetria entre as portas, os parachoques e o teto. Ondulações, pequenos amassados na lataria ou diferenças nas quinas do capô são outras indicações de colisão.
Dê “pancadinhas” com os dedos na lataria para verificar se o barulho é diferente em algum ponto – o que indicaria a colocação de massa plástica. O ideal é verificar se a própria estrutura do carro não foi avariada. Uma colisão severa costuma exigir reparos no monobloco. Nos casos mais graves, o Detran determina que seja grafada a palavra “sinistrado” no documento – o que nem sempre acontece. Se mesmo após a inspeção você tiver dúvidas sobre o passado do veículo, o ideal é contratar uma empresa especializada.
Analise o estado de conservação geral do veículo. Mesmo que não tenha passado por uma acidente grave ou por uma enchente, muitas vezes um veículo não está em bom estado por descuido do dono. A primeira coisa que deve ser observada é o manual do automóvel. Lá está registrado se o proprietário realizou todas as revisões indicadas pela montadora.

Pode parecer um detalhe, mas isso é um sinal de quão cuidadoso o dono foi com o veículo. Procure também pontos de ferrugem em cantinhos e debaixo das guarnições ou do assoalho. Pode ser um sinal de problemas na vedação. Verifique se o carro tem extintor, macaco, triângulo, chave de rodas e estepe em condições de uso. Veja se há vazamento de óleo embaixo do carro, se há queima excessiva de óleo no motor ou se há presença de manchas escuras no escapamento.
Verifique se o motor não é turbinado. A legislação brasileira não permite a adulteração de suspensão ou do motor. Se o carro demora para ligar, há folgas no motor. Para testar a suspensão, dê uma volta em terrenos de terra ou razoavelmente irregulares. Ruídos e estalos vão denunciar eventuais problemas. Outra forma de verificar o estado da suspensão é balançar o carro para baixo segurando pelo parachoque. Se, ao largá-lo, o veículo balançar duas ou mais vezes, o amortecedor está em más condições.
Confira o estado dos pneus. Desgastes irregulares podem indicar problemas com a suspensão ou a falta de alinhamento das rodas. Já pneus carecas ou com mais de 60.000 quilômetros rodados precisarão ser substituídos porque trazem risco à segurança. Para verificar o estado dos freios, ouça se há ruídos metálicos no momento da utilização. Esse será um indício de que as pastilhas estão gastas. Para os compradores que não se sentem seguros com os resultados da própria vistoria, é recomendável levar o carro a um mecânico de confiança ou à oficina de uma empresa especializada. 




 


 



 

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